ENTREVISTA A DAVID PEREIRA, TREINADOR DA EQUIPA ESCOLINHAS ”A”, ÉPOCA 2008-2009 DO SCL MARRAZES
Idade: 31 anos
SCLMarrazesJovem David, revela-nos o teu percurso enquanto jogador de futebol.
David Pereira Comecei em 1992, com 14 anos, no GRAP/Pousos. Vivia na altura nos Pousos e esta equipa de Juvenis foi a primeira equipa de camadas jovens que o GRAP/Pousos teve. Estive nos Pousos três anos e depois joguei no nacional de juniores pelo Caldas Sport Clube. Em 1995 fui estudar para as Caldas da Raínha, optei por juntar o útil ao agradável e fiquei por lá a jogar. Em 1996 entrei na Faculdade em Coimbra e estive por lá a jogar também. Foram cinco anos a representar a Associação Académica de Coimbra, a “verdadeira”, composta unicamente por estudantes e licenciados da Universidade de Coimbra, disputando o Distrital de Coimbra.
Quando acabei o curso regressei a Leiria. Estive três anos no Pernelhas, um clube que me foi indicado por uma pessoa amiga e, finalmente, cheguei a esta grande Instituição que é o Sport Clube Leiria e Marrazes, onde joguei até “arrumar as botas”.
SCLMJ Fizeste cerca de duas épocas e meia ao serviço da equipa sénior do SCL Marrazes. Conta-nos como foi essa experiência.
DP Foi uma experiência muito boa. Aprendi muito. Conheci pessoas fantásticas que contribuíram para o meu desenvolvimento enquanto jogador, mas sobretudo enquanto homem. Posso dizer que foi a camisola que me deu mais orgulho vestir. Uma camisola com história, com tradição. Foi uma honra representar o Grande Marrazes.
SCLMJ Esta foi a tua primeira época como treinador de uma equipa do SCL Marrazes. Como surgiu esta oportunidade? Alguma vez te tinha passado pela cabeça seres treinador?
DP Confesso que nunca me tinha passado pela cabeça ser treinador. O convite foi-me feito por um Director do Marrazes, uma pessoa amiga que entendeu que eu podia ser útil ao clube. Propuseram-me treinar os Escolinhas, meninos com idades compreendidas entre os 7 e os 8 anos e não hesitei.
SCLMJ Como analisas esta tua primeira época enquanto treinador?
DP Foi muito enriquecedora. Foi uma experiência gratificante, que contribuiu para que eu aprendesse todos os dias. Os “meus” meninos ensinaram-me muita coisa e penso que também lhes transmiti ensinamentos importantes para o futebol e para a vida. Ver os meninos evoluir a cada dia que passa é uma experiência fantástica. Agradeço ao Marrazes ter-me proporcionado esta experiência.
SCLMJ Costuma-se dizer que aprendemos com os bons e maus treinadores e tu foste orientado por vários ao longo do teu percurso. De que forma é que eles influenciaram a tua visão do futebol e do treino, sendo tu actualmente responsável pela orientação e treino de atletas ainda tão jovens?
DP É uma realidade distinta da que vivi. Comecei a jogar com 14 anos e o treino é necessariamente diferente do treino de meninos de 7, 8 anos. No entanto, tirei ensinamentos dos treinadores que tive ao longo dos anos, quer ao nível técnico, quer ao nível das relações humanas. Tive o privilégio de ser treinado por grandes Homens, treinadores que foram contribuindo para o meu desenvolvimento técnico e pessoal.
Idade: 31 anos
SCLMarrazesJovem David, revela-nos o teu percurso enquanto jogador de futebol.
David Pereira Comecei em 1992, com 14 anos, no GRAP/Pousos. Vivia na altura nos Pousos e esta equipa de Juvenis foi a primeira equipa de camadas jovens que o GRAP/Pousos teve. Estive nos Pousos três anos e depois joguei no nacional de juniores pelo Caldas Sport Clube. Em 1995 fui estudar para as Caldas da Raínha, optei por juntar o útil ao agradável e fiquei por lá a jogar. Em 1996 entrei na Faculdade em Coimbra e estive por lá a jogar também. Foram cinco anos a representar a Associação Académica de Coimbra, a “verdadeira”, composta unicamente por estudantes e licenciados da Universidade de Coimbra, disputando o Distrital de Coimbra.
Quando acabei o curso regressei a Leiria. Estive três anos no Pernelhas, um clube que me foi indicado por uma pessoa amiga e, finalmente, cheguei a esta grande Instituição que é o Sport Clube Leiria e Marrazes, onde joguei até “arrumar as botas”.
SCLMJ Fizeste cerca de duas épocas e meia ao serviço da equipa sénior do SCL Marrazes. Conta-nos como foi essa experiência.
DP Foi uma experiência muito boa. Aprendi muito. Conheci pessoas fantásticas que contribuíram para o meu desenvolvimento enquanto jogador, mas sobretudo enquanto homem. Posso dizer que foi a camisola que me deu mais orgulho vestir. Uma camisola com história, com tradição. Foi uma honra representar o Grande Marrazes.
SCLMJ Esta foi a tua primeira época como treinador de uma equipa do SCL Marrazes. Como surgiu esta oportunidade? Alguma vez te tinha passado pela cabeça seres treinador?
DP Confesso que nunca me tinha passado pela cabeça ser treinador. O convite foi-me feito por um Director do Marrazes, uma pessoa amiga que entendeu que eu podia ser útil ao clube. Propuseram-me treinar os Escolinhas, meninos com idades compreendidas entre os 7 e os 8 anos e não hesitei.
SCLMJ Como analisas esta tua primeira época enquanto treinador?
DP Foi muito enriquecedora. Foi uma experiência gratificante, que contribuiu para que eu aprendesse todos os dias. Os “meus” meninos ensinaram-me muita coisa e penso que também lhes transmiti ensinamentos importantes para o futebol e para a vida. Ver os meninos evoluir a cada dia que passa é uma experiência fantástica. Agradeço ao Marrazes ter-me proporcionado esta experiência.
SCLMJ Costuma-se dizer que aprendemos com os bons e maus treinadores e tu foste orientado por vários ao longo do teu percurso. De que forma é que eles influenciaram a tua visão do futebol e do treino, sendo tu actualmente responsável pela orientação e treino de atletas ainda tão jovens?
DP É uma realidade distinta da que vivi. Comecei a jogar com 14 anos e o treino é necessariamente diferente do treino de meninos de 7, 8 anos. No entanto, tirei ensinamentos dos treinadores que tive ao longo dos anos, quer ao nível técnico, quer ao nível das relações humanas. Tive o privilégio de ser treinado por grandes Homens, treinadores que foram contribuindo para o meu desenvolvimento técnico e pessoal.
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SCLMJ Descreve-nos como é treinar jovens de 7/8 anos. Que capacidades são necessárias a um treinador para trabalhar nestas faixas etárias?
DP Antes de mais é preciso ter-se prazer no que se faz. Aliás, como em tudo na vida. É necessário saber-se ouvir, saber transmitir o que se pretende. Não gosto de usar “chicote”. Prefiro a pedagogia, explicar pacientemente como fazer as coisas. Com prazer pessoal e disciplina que se incute nos treinos e nos jogos, o resto vem necessariamente. E o resto são as boas exibições e os resultados positivos, resultados estes que, nestas idades, passam pela evolução pessoal de cada menino mais do que os resultados em termos de tabela classificativa.
SCLMJ Actualmente, o SCL Marrazes reúne um leque de treinadores de qualidade, com a curiosidade da maioria ter sido formada como homens e jogadores no clube. Consideras que a nossa escola de talentosos jogadores se está também a expandir como escola de bons treinadores? Como explicas esta realidade?
DP É um processo natural. O SCL Marrazes forma talentosos jogadores e bons homens. Como escola de talentos que também foi no passado, formou pessoas que percebem o futebol e que percebem o que é ser jogador do SCL Marrazes. Vestir esta camisola é diferente de vestir qualquer outra. Este espírito também é transmitido aos jovens e eles sentem-no. O amor ao clube e a vontade de aprender e ensinar o que se sabe traduz-se, naturalmente, em bons treinadores.
SCLMJ Com a remuneração a treinadores dos escalões de formação aumentam-se os níveis de qualidade de trabalho e, consequentemente, os resultados aparecem. Concordas com esta afirmação? Explica-nos o teu ponto de vista.
DP Nunca ganhei dinheiro no futebol, portanto não é o dinheiro que me move no SCL Marrazes. No que me diz respeito, não é o facto de ser remunerado pela Marrazes que vou dar mais ou menos ao clube. Dei, dou e darei sempre tudo ao SCL Marrazes, independentemente de haver ou não remuneração. No entanto, acredito que esse facto possa ser importante para aumentar os níveis de qualidade do trabalho. Quanto mais não seja, os treinadores podem canalizar esse dinheiro para a sua própria formação enquanto treinadores
SCLMJ Que futuro perspectivas para o nosso clube ao nível do futebol de formação?
DP Perspectivo um futuro risonho para a formação do SCL Marrazes. Os resultados já começaram a aparecer com a subida de uma equipa nossa aos nacionais. Quer-me parecer que essa realidade vai passar a ser a regra em vez da excepção. O Marrazes está a ser conduzida por pessoas competentes, dedicadas e o futuro só tem que ser cada vez melhor.
SCLMJ Na próxima época, orientarás pela primeira vez uma equipa de Futebol 7 que, por sua vez, será constituída por atletas que basicamente darão os seus primeiros passos neste novo formato competitivo. Quais as tuas expectativas para este novo desafio?
DP Nesta época que se avizinha já não vamos partir do zero, o Rodrigo e eu. É certo que o formato é diferente do futebol 5, mas já conhecemos os jogadores, eles já nos conhecem. Vai ser mais uma etapa de aprendizagem. Deles e nossa. As expectativas são as melhores, de crescermos juntos todos os dias.
SCLMJ Para finalizar, que importância tem o SCL Marrazes na tua vida?
DP O SCL Marrazes foi uma casa que me acolheu. Conheci e conheço actualmente no SCL Marrazes gente muito boa, com valores, com princípios. Isso acaba por se repercutir na nossa vida, até extra futebol. Foi uma agradável surpresa no meu percurso de vida e espero estar à altura desta Instituição nas funções que presto actualmente. O meu muito obrigado.
SCLMJ Descreve-nos como é treinar jovens de 7/8 anos. Que capacidades são necessárias a um treinador para trabalhar nestas faixas etárias?
DP Antes de mais é preciso ter-se prazer no que se faz. Aliás, como em tudo na vida. É necessário saber-se ouvir, saber transmitir o que se pretende. Não gosto de usar “chicote”. Prefiro a pedagogia, explicar pacientemente como fazer as coisas. Com prazer pessoal e disciplina que se incute nos treinos e nos jogos, o resto vem necessariamente. E o resto são as boas exibições e os resultados positivos, resultados estes que, nestas idades, passam pela evolução pessoal de cada menino mais do que os resultados em termos de tabela classificativa.
SCLMJ Actualmente, o SCL Marrazes reúne um leque de treinadores de qualidade, com a curiosidade da maioria ter sido formada como homens e jogadores no clube. Consideras que a nossa escola de talentosos jogadores se está também a expandir como escola de bons treinadores? Como explicas esta realidade?
DP É um processo natural. O SCL Marrazes forma talentosos jogadores e bons homens. Como escola de talentos que também foi no passado, formou pessoas que percebem o futebol e que percebem o que é ser jogador do SCL Marrazes. Vestir esta camisola é diferente de vestir qualquer outra. Este espírito também é transmitido aos jovens e eles sentem-no. O amor ao clube e a vontade de aprender e ensinar o que se sabe traduz-se, naturalmente, em bons treinadores.
SCLMJ Com a remuneração a treinadores dos escalões de formação aumentam-se os níveis de qualidade de trabalho e, consequentemente, os resultados aparecem. Concordas com esta afirmação? Explica-nos o teu ponto de vista.
DP Nunca ganhei dinheiro no futebol, portanto não é o dinheiro que me move no SCL Marrazes. No que me diz respeito, não é o facto de ser remunerado pela Marrazes que vou dar mais ou menos ao clube. Dei, dou e darei sempre tudo ao SCL Marrazes, independentemente de haver ou não remuneração. No entanto, acredito que esse facto possa ser importante para aumentar os níveis de qualidade do trabalho. Quanto mais não seja, os treinadores podem canalizar esse dinheiro para a sua própria formação enquanto treinadores
SCLMJ Que futuro perspectivas para o nosso clube ao nível do futebol de formação?
DP Perspectivo um futuro risonho para a formação do SCL Marrazes. Os resultados já começaram a aparecer com a subida de uma equipa nossa aos nacionais. Quer-me parecer que essa realidade vai passar a ser a regra em vez da excepção. O Marrazes está a ser conduzida por pessoas competentes, dedicadas e o futuro só tem que ser cada vez melhor.
SCLMJ Na próxima época, orientarás pela primeira vez uma equipa de Futebol 7 que, por sua vez, será constituída por atletas que basicamente darão os seus primeiros passos neste novo formato competitivo. Quais as tuas expectativas para este novo desafio?
DP Nesta época que se avizinha já não vamos partir do zero, o Rodrigo e eu. É certo que o formato é diferente do futebol 5, mas já conhecemos os jogadores, eles já nos conhecem. Vai ser mais uma etapa de aprendizagem. Deles e nossa. As expectativas são as melhores, de crescermos juntos todos os dias.
SCLMJ Para finalizar, que importância tem o SCL Marrazes na tua vida?
DP O SCL Marrazes foi uma casa que me acolheu. Conheci e conheço actualmente no SCL Marrazes gente muito boa, com valores, com princípios. Isso acaba por se repercutir na nossa vida, até extra futebol. Foi uma agradável surpresa no meu percurso de vida e espero estar à altura desta Instituição nas funções que presto actualmente. O meu muito obrigado.
12 comentários:
O David foi um achado do nosso clube. Que fique por muitos anos a trabalhar na formação dos nossos jovens atletas.
Grande homem. Classe.
O Doutor David é uma daquelas pessoas que tive o prazer de conhecer um dia e foi fácil perceber que estava perante uma grande pessoa.
Força David , contamos sempre contigo.
David é o marrazes que tem que agradecer a tua dedicação como tambem a de muitos outros. obrigado David.
Um Sir à inglesa. Impossível não se gostar deste homem. Uma bofetada àqueles senhores que, em certa altura, criticaram os jogadores vindos do Pernelhas e que diziam não estar à altura de representar o nosso clube, só porque vinham deste já extinto clube. O David é a prova viva de que pessoas, inicialmente sem raízes no clube, podem aprender a gostar do Marrazes e servi-lo com dedicação e respeito. Obrigado David por estares conoosco
És grande (pequeno no tamanho) garoto.
Joguei contigo e ganhei um amigo naquele balneário. És formidável um homem excepcional e enquanto treinador provas o grande humano que és.
Um abraço do gajo que jogava no teu lugar e que como muitos pensam nao há rivalidades naquele clube mas sim amizade entre todos.
Miguel Carvalho
Miguel andas cá um puxa saco...isso de seres pai deu-te para o sentimentalismo....Para o Sr Doutor um grande abraço pela grande pessoa que é...
Jogavas no lugar dele? Foi mais um teinador que engaste.
Claro que não, foram dois grandes atletas que tive o prazer de orientar, e saõ dois grandes homens, continuo a seguir o vosso percurso, diferente é verdade, mas de grande dignidade e sacrificio pelo Marrazes, felicidades a ambos.
PC.
Fogo o Miguel é um bate coro! xD
Deve ser para ver se o David lhe paga umas minis
Força grande Davids!!! És GRANDE MEU MENINO!!
Abraço
GATO
Não explicas porque deixas te de jogar.
Porquê?
Porque toda a pergunta merece resposta, deixei de jogar porque perdi o prazer de jogar à bola. Senti que já não era útil...
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