Futebol Clube Marrazes
Nos primeiros anos da sua existência o Marrazes apenas realizava jogos de futebol amigáveis.
No ano de 1944 inscreveu-se pela primeira vez no Campeonato Distrital de Futebol, como único representante de Leiria, emparceirando com o Torreense, Caldas, Peniche, Marinhense, etc.
Sem que tivesse sido sempre honrosas as suas classificações no referido campeonato, uma época houve em que arrancou o título de vice-campeão.
Ascendeu o F. C. M. á III Divisão Nacional, na época de 1951/52 em cuja época conseguiu a modesta classificação de 5º na respectiva série.
Se é certo que aquela classificação foi modesta, não foi , todavia, motivo para desanimo dos seus dirigentes e associados. Tratava-se do 1º ano em que disputava tão dura prova.
O desanimo nunca se apoderou das pessoas que guiavam os destinos do clube, antes pelo contrario, ganharam alento para prosseguir.
Assim na época seguinte mercê de grandes esforços e despesas, reforçaram a sua equipa principal com elementos de reconhecido valor, guindando-se no 3º posto do Nacional da III Divisão e diga-se de passagem que se não arrancou o titulo de Campeão de Série foi porque uma tarde de má sorte, em Soure; dele o arredou.
PERSISTÊNCIA !.... PERSISTÊNCIA !...... PERSISTÊNCIA !..... eis a divisa
A direcção do Marrazes animada com o feito de 52/53 e verificando a possibilidade de fazer mais e melhor, tendo sempre em mente que "Para a frente é que é o caminho", redobrou de esforços e assim recrutou para os seus quadros mais alguns elementos de real valor.
Estava lançada a semente para arrancada triunfal. O fruto surgiu, mas, não sem que lhe tivessem aparecido pelo caminho obstáculos difíceis de transpôr.
Mas enfim, todos os obstáculos se venceram e eis o FUTEBOL CLUBE MARRAZES, alcandorado num lugar de destaque numa das Divisões dos Campeonatos Nacionais de Futebol - "CAMPEÃO DE SÉRIE DA III DIVISÃO NACIONAL" - e apurado para os 1/4 de final.
Muito se tinha feito. A caminhada tinha de ter o seu fim.
Nesta fase a sorte foi absolutamente adversa ao F. C. M., pois, sem que queiramos tirar o valor ao vencedor da zona, - Sport Benfica e Castelo Branco -, poderia o Marrazes, com um soprosinho de felicidade, ter atingido, as 1/2 finais.
CAMPEÃO DO DESPORTIVISMO
Como acima se diz não se chegou ao fim do campeonato, sucumbimos na cidade Albicastrense, frente a um adversário que foi justo vencedor, mas o Marrazes também foi um digno vencido. Não conquistou o direito á fase imediata, mas conquistou um outro honroso titulo - O CAMPEÃO DO DESPORTIVISMO -, como provam vários artigos de diversos jornais, entre os quais se destaca o que passamos a transcrever e que foi publicado no jornal RECORD, de 8 de Maio de 1954:
Nos primeiros anos da sua existência o Marrazes apenas realizava jogos de futebol amigáveis.
No ano de 1944 inscreveu-se pela primeira vez no Campeonato Distrital de Futebol, como único representante de Leiria, emparceirando com o Torreense, Caldas, Peniche, Marinhense, etc.
Sem que tivesse sido sempre honrosas as suas classificações no referido campeonato, uma época houve em que arrancou o título de vice-campeão.
Ascendeu o F. C. M. á III Divisão Nacional, na época de 1951/52 em cuja época conseguiu a modesta classificação de 5º na respectiva série.
Se é certo que aquela classificação foi modesta, não foi , todavia, motivo para desanimo dos seus dirigentes e associados. Tratava-se do 1º ano em que disputava tão dura prova.
O desanimo nunca se apoderou das pessoas que guiavam os destinos do clube, antes pelo contrario, ganharam alento para prosseguir.
Assim na época seguinte mercê de grandes esforços e despesas, reforçaram a sua equipa principal com elementos de reconhecido valor, guindando-se no 3º posto do Nacional da III Divisão e diga-se de passagem que se não arrancou o titulo de Campeão de Série foi porque uma tarde de má sorte, em Soure; dele o arredou.
PERSISTÊNCIA !.... PERSISTÊNCIA !...... PERSISTÊNCIA !..... eis a divisa
A direcção do Marrazes animada com o feito de 52/53 e verificando a possibilidade de fazer mais e melhor, tendo sempre em mente que "Para a frente é que é o caminho", redobrou de esforços e assim recrutou para os seus quadros mais alguns elementos de real valor.
Estava lançada a semente para arrancada triunfal. O fruto surgiu, mas, não sem que lhe tivessem aparecido pelo caminho obstáculos difíceis de transpôr.
Mas enfim, todos os obstáculos se venceram e eis o FUTEBOL CLUBE MARRAZES, alcandorado num lugar de destaque numa das Divisões dos Campeonatos Nacionais de Futebol - "CAMPEÃO DE SÉRIE DA III DIVISÃO NACIONAL" - e apurado para os 1/4 de final.
Muito se tinha feito. A caminhada tinha de ter o seu fim.
Nesta fase a sorte foi absolutamente adversa ao F. C. M., pois, sem que queiramos tirar o valor ao vencedor da zona, - Sport Benfica e Castelo Branco -, poderia o Marrazes, com um soprosinho de felicidade, ter atingido, as 1/2 finais.
CAMPEÃO DO DESPORTIVISMO
Como acima se diz não se chegou ao fim do campeonato, sucumbimos na cidade Albicastrense, frente a um adversário que foi justo vencedor, mas o Marrazes também foi um digno vencido. Não conquistou o direito á fase imediata, mas conquistou um outro honroso titulo - O CAMPEÃO DO DESPORTIVISMO -, como provam vários artigos de diversos jornais, entre os quais se destaca o que passamos a transcrever e que foi publicado no jornal RECORD, de 8 de Maio de 1954:
" MARRAZES É UM EXEMPLO..."
Sucedeu no domingo passado. Jogava-se a segunda mão dos 1/4 de final para o Campeonato da III Divisão entre o Sport Benfica e Castelo Branco e o Futebol Clube de Marrazes. À semelhança do que sucedera no primeiro jogo os Albicastrenses venceram classificando-se para as meias finais.
Rezam as crónicas que a partida foi disputada o mais correctamente que se pode imaginar, numa verdadeira manifestação de como o desporto pode ser compreendido, quando os homens a isso se dispõem.
E foi um jogo renhida mente disputado em que os adversários se bateram entusiasticamente. Havia interesses em causa, havia interesse verdadeiro e crucial pelo resultado. Pois apesar disso tudo se passou como Deus com os Anjos.
No final a assistência foi surpreendida com um gesto, parece-nos que inédito, os jogadores do Marrazes formaram alas á saída do campo e aplaudiram longamente os seus adversários vitoriosos quando estes passavam pela guarda de honra por eles tão nobremente formada.
Como não podia deixar de ser o gesto teve larga repercussão nos meios Albicastrenses que souberam dignamente reconhecer o nobre gesto dos visitantes.
Geográfica e administrativamente, Marrazes é uma pequena localidade perto de Leiria, pois a partir de domingo, recebeu foros de grande Cidade. "
Jornal Record em 8 de Maio de 1954
Rezam as crónicas que a partida foi disputada o mais correctamente que se pode imaginar, numa verdadeira manifestação de como o desporto pode ser compreendido, quando os homens a isso se dispõem.
E foi um jogo renhida mente disputado em que os adversários se bateram entusiasticamente. Havia interesses em causa, havia interesse verdadeiro e crucial pelo resultado. Pois apesar disso tudo se passou como Deus com os Anjos.
No final a assistência foi surpreendida com um gesto, parece-nos que inédito, os jogadores do Marrazes formaram alas á saída do campo e aplaudiram longamente os seus adversários vitoriosos quando estes passavam pela guarda de honra por eles tão nobremente formada.
Como não podia deixar de ser o gesto teve larga repercussão nos meios Albicastrenses que souberam dignamente reconhecer o nobre gesto dos visitantes.
Geográfica e administrativamente, Marrazes é uma pequena localidade perto de Leiria, pois a partir de domingo, recebeu foros de grande Cidade. "
Jornal Record em 8 de Maio de 1954
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